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26 de fevereiro de 2012

Kaia e a vida.

Queria escrever um pouco sobre o que me levou a escrever o roteiro desse filme e lutar para ele ser feito. Foi a admiração pelo trabalho da Georgette Fadel como atriz. Não vou escrever muito pois as imagens dirão mais e quando nosso filme ficar pronto, ele dirá tudo. Em 2005 escrevi as primeiras linhas do roteiro. Em 2007 fiz o Tarabatara e conheci melhor os ciganos. Em 2008 fomos para a Sérvia, e filmamos o Pedra Bruta. Em 2010 e 2011 filmamos o roteiro todo com equipe grande/profissional e esse ano é o ano de terminar a montagem, compor uma trilha linda e finalizar o filme.
Não me queixo da demora, do tempo que demoramos pra fazer o filme, ele foi todo preenchido de muita vida, de muita história, de mudanças, de melhorias, de obstáculos, de novas parcerias, de laços desfeitos, enfim, anos de vida, os anos vividos e que estão dentro do filme. Terminei hoje o projeto para mandar ao Hubert Bals Fund, e ali tive que escrever sobre o que me levou ao filme, e o que ainda tem que ser feito. Ainda temos que recuperar a magia dos primeiros encontros em busca da história e suavizar a narrativa que tomou conta de quase tudo. Ainda temos que conseguir $$$$$$$$, ainda temos que viver invernos poderosos, dar a mão às crianças, aprendendo mais que ensinando.
Georgette e eu parávamos o carro onde queríamos e filmávamos as cenas de KAIA andando pelo mundo, em busca de sua prima perdida, no frio, no calor, em meio às alfazemas, ruínas e castelos diabólicos. A cada café ou chá novas ideias, formando o quebra cabeça, fazendo o filme aparecer. AO RELENTO ou outro nome que possa surgir, estamos quase lá. Quase! Nesse domingão de sol, estou feliz por isso.



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